Grupo Espírita Irmã Leonor
Certa noite, à rua 26 de março nº 99 fundos, residência do casal Oscar e Antônia, onde os companheiros se reuniam para estudos, decidiram por formar uma sociedade. Providenciaram a documentação e, enquanto aguardavam a publicação do Estatuto, iniciaram, no dia 26 de outubro do ano de 1956, data de aniversário de desencarne do Espírito Segismundo Martins (Ciso), numa casa alugada, à rua Alberto Rossi, nº 48, fundos, nesta cidade de Poá, reuniões públicas divulgando a Doutrina Consoladora.
Idealizada a criação da sociedade faltava o nome. Decidiu-se dar o nome de um dos Mentores Espirituais que se manifestavam nos trabalhos. Mas qual deles? Resolveram fazer um sorteio. Anotaram os nomes em tiras de papel:


Retirado uma das tiras por um menino de 12 anos, verificou-se ser o de:


Surgiu uma dúvida. Estaria correta a decisão por sorteio? No primeiro trabalho de Efeitos Físicos levaram as tiras de papel. Feita a completa escuridão no ambiente o Espírito Ciso, após se comunicar em voz direta, retirou das mãos da irmã Antônia uma das tiras de papel. Terminada a reunião, e acesa as luzes, verificaram que a tira separada pelo Ciso, era a de...


Mas quem foi Irmã Leonor?
Irmã Leonor atendia a doentes em um Hospital, muitos deles afetados pela epidemia de 1918 conhecida como Gripe Espanhola e frequentemente mortal. Surgiu durante a Primeira Guerra Mundial e se espalhou por quase toda parte do mundo. No Brasil a doença chegou em setembro de 1918. A dedicada enfermeira cuidando dos acamados pela epidemia, também contraiu a gripe, vindo a desencarnar no dia 5 de fevereiro de 1928.
Trabalhando nas Esferas Espirituais Irmã Leonor uniu um grupo de Espíritos, alguns já encarnados estando em sono físico, para a missão de, na Terra, na Nova Doutrina Codificada por Allan Kardec, formarem um Grupo de trabalho, de amor, de regeneração, e de aprendizado.
Pelo início de 1956 grupo de amigos frequentavam um Centro Espírita em Vila Matilde, São Paulo, o qual realizava Trabalhos de Efeitos Físicos e, entre os Irmãos Espirituais que se manifestavam, a Freira Leonor também aparecia. Tempos depois Irmã Leonor, em Espírito, veio se encontrar, em Poá, com aqueles que participaram da Assembleia no Além, para início do projeto idealizado.
No final do ano de 1961, tendo sido colocada à venda a casa onde estava localizada a Sede do Grupo, necessário era que se encontrasse um imóvel para a mudança. A transferência aconteceu no início do ano seguinte, numa casa alugada, situada á Avenida Dr. Ademar de Barros nº 76, na verdade um barracão. Isto fez com que seus Diretores pensassem com seriedade em adquirir um terreno e construir pelo menos um salão.
Primeira mudança da sede
No mês de agosto de 1963 aprova-se a compra de um terreno situado à travessa que se inicia na rua João Gabriel e termina na rua Libaneza, na Vila Atuí, medindo 240 metros quadrados. Quanto ao pagamento das prestações mensais do imóvel, de comum acordo seria cotizada entre seus Diretores. Inicia-se a compra de pedriscos e cimentos para a fabricação de blocos, bem como a aquisição de outros materiais de construção.
A compra do terreno
Pedra Fundamental
Não temos o dia exato, mas naquele ano de 1964, numa manhã de muita alegria, é lançada a pedra fundamental da casa própria do Grupo Espírita Irmã Leonor. No local uma caixa cuidadosamente preparada contendo moedas, alguns objetos, um documento com anotações referentes à associação e naturalmente registrando a data de tão memorável acontecimento.
Num esforço e dedicação de todos, ergue-se, em mutirão, um simples salão, perfura-se um poço e constrói-se um rústico sanitário com fosso e, mesmo sem acabamento, é feita em meados do ano, a transferência da Associação para a SEDE PRÓPRIA
O nome da rua
A via pública em que se situa a Sede do Grupo Espírita “Irmã Leonor” não tinha um nome definido. Os Diretores da Associação interce-deram junto aos Órgãos Municipais e estes, atendendo à solicitação, em decreto, denominam referida via de RUA ALLAN KARDEC. Decreto 642/67, de 1º de setembro de 1967



